quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

BibleWorks 9



             Sou usuário deste software desde a versão 6.0. Trata-se de uma excelente ferramenta para estudar a Bíblia com maior profundidade, pois temos vários textos em grego e hebraico, léxicos, comentários, e tantos outros recursos que impressiona. A grande novidade da versão 9 é que podemos ver as cópias de famílias de manuscritos gregos digitalizadas, sincronizadas com a leitura do texto grego. Estão devendo, talvez em uma próxima versão, os manuscritos em hebraico. A velocidade da pesquisa também impressiona: em frações de segundos você tem à disposição pesquisas em determinada palavra, na forma ou pela raíz (palavras flexionadas). Gostaria de instalar o Logos 5 e fazer uma comparação. Por sinal, alguém tem que possa presentear com uma cópia?
Para saber mais visite: www.bibleworks.com

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O DESFILE TRIUNFAL DE CRISTO II




O DESFILE TRIUNFAL DE CRISTO II

2Co 2:15-16

porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo. Para estes somos cheiro de morte; para aqueles fragrância de vida. Mas, quem está capacitado para tanto?


Ao escrever esta passagem da carta aos Coríntios, Paulo tem em mente o antigo desfile triunfal. Os generais vencedores faziam uma espécie de cortejo, onde seus prisioneiros de guerra eram exibidos como troféus e deveriam queimar o incenso em honra ao Imperador. Aquele perfume espalhava-se e onde o aroma chegasse os homens sabiam que César era o senhor do Império, o soberano.

Interessante como Paulo vê a si mesmo como  prisioneiro de Jesus que queima o incenso, que exala o perfume de Cristo em todo o lugar e em todas as circunstâncias. Ao escrever aos filipenses, o apóstolo, que estava preso, disse que se tornou “embaixador em cadeias” e através da sua prisão, a guarda pretoriana tomou conhecimento do Evangelho (Fp 1:12-14); aos coríntios ele disse: “dia após dia eu morro”, pois nele operava a morte, mas na Igreja em Corinto operava a vida (2Co 4:12). Paulo tinha uma profunda consciência de que era um vaso de barro mas que continha um tesouro precioso (2Co 4:7) e uma grande responsabilidade como despenseiro dos mistérios de Deus (1Co 4:1). Por meio dele o Evangelho expandiu-se chegando na Europa, em Roma e algumas fontes extra bíblicas apontam a Espanha.

Contudo a fragrância que Paulo exalava tinha um duplo efeito: aroma de vida para quem está sendo salvo e aroma de morte para quem está perecendo. Isto me faz refletir sobre autoridade da Palavra de Deus, que tanto pode salvar como condenar, dependendo como ela é recebida. Paulo não mercadejava a Palavra, não falsificava a mensagem porque como escravo de Cristo importava agradar a Deus. Aqueles que recebem a Palavra recebem vida, quem rejeita permanece na morte.

            Através da Igreja o perfume de Cristo vai encher todo lugar, o Cristo será manifesto, sua multiforme sabedoria será conhecida, seu amor experimentado, sua compaixão será estendida. É claro que será sempre cheiro de vida para quem crê e cheiro de morte aos que perecem. A nós cabe proclamar, ao Senhor cabe salvar, a quem ouve cabe receber.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Desfile Triunfal de Cristo




O DESFILE TRIUNFAL DE CRISTO

Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.
2 Coríntios  2:14

                    Uma leitura apressada deste texto provavelmente implicará em uma interpretação equivocada. Já ouvi muitas mensagens e comentários deste versículo, onde pregadores fervorosos e intérpretes animados com a passagem argumentam que triunfam em Cristo sobre todas as coisas. Ainda que seja verdade que Deus nos dá a vitória mediante Jesus, o sentido do texto ali é outro. Paulo disse que Deus, em Cristo, nos conduz em triunfo. É Deus quem triunfou sobre nós.

            Para entender, vejamos uma tradução alternativa (Nova Tradução na Linguagem de Hoje): “Mas dou graças a Deus porque, unidos com Cristo, somos sempre conduzidos por Deus como prisioneiros no desfile de vitória de Cristo...”. É exatamente isto: Paulo tem em mente uma prática da antiguidade -  a procissão (desfile ou cortejo) triunfal, onde os generais vitoriosos, ao retornarem das suas batalhas, exibiam os seus prisioneiros, cativos, em desfile pelas ruas. Estes prisioneiros eram conduzidos em triunfo, em um desfile que exaltava o general e o império; eles eram exibidos como conquistados, verdadeiros troféus para Roma. Havia também a queima de incenso que acompanhava aquele desfile e o aroma se espalhava e onde a fragrância chegava sabia-se da vitória do império sobre seus inimigos.

            Paulo via-se como conquistado por Cristo Jesus. O zeloso fariseu, orgulhoso de sua linhagem judaica e que se tornou grande perseguidor da Igreja agora considera tudo isto com esterco diante da sublimidade do conhecimento de Cristo (Fil 3:4-8). Diante da Luz de Jesus, Saulo de Tarso caiu para levantar uma nova criatura, considerando-se crucificado com Cristo e agora, não Saulo, mas Cristo vive em Saulo (Gal 2:19-20) e a partir deste encontro o viver é Cristo e o morrer é lucro. Um homem conquistado e submetido ao senhorio de Jesus Cristo. Paulo via-se como aqueles prisioneiros conduzidos em triunfo pelo general Jesus. E mais: assim como o incenso queimado pelos prisioneiros exalava um doce perfume que atestava a vitória de Roma sobre os rebeldes, assim também através da sua vida e ministério, Paulo exalava o aroma do Cristo vencedor.

            Deste desfile Deus se agrada. Cada cristão genuíno deveria compreender-se assim: conquistado por Cristo Jesus: a mente cativa à obediência de Cristo, sentimentos semelhantes aos de Cristo, a vontade submissa à vontade de Deus. A nova criação, gerada no Filho de Deus, “desfilando” através do testemunho, conduzida em triunfo por Deus, exalando o conhecimento da glória de Deus, até encher toda a terra, como as águas cobrem o mar. E aí, vai juntar-se à Paulo e participar deste desfile triunfal ou não?

Pr Claudio Martins